terça-feira, agosto 29, 2006
quinta-feira, agosto 24, 2006
Cultura/Espaços/Tempo

Para Durkheim, " espaço e tempo apenas existem a partir das representações sociais, ou das categorias criadas socialmente, o que permite que estes elementos passem a ter uma significação compartilhada por uma sociedade"
Assim um mesmo espaço pode ser partilhado e compreendido de diversas formas tendo em conta a cultura de cada indíviduo. Da mesma forma o tempo é vivenciado de diversas formas, tendo subjacente a maneira particular de cada cultura.
Numa aldeia ainda é possível observar sinais particulares da natureza como forma de orientação temporal, como a posição do sol, das estrelas ou da lua.
Já na cidade, acredito que a orientação se processe através de um simples relógio ou calendário.
No fundo o importante é que possamos através da nossa cultura e aprendizagem retirar o melhor proveito de todos os conhecimentos adquiridos.
quarta-feira, agosto 23, 2006
Hoje... continuamos com poesia!

"Houve um tempo em que o tempo não tinha fim.
Percorriam-no jogos, corridas e risos pelo jardim,
Ou as rodas de uma dança de criança, de um triciclo,
Um ciclo de fitas animadas, livros de contos de fadas,
Baladas, romances de príncipes e princesas encantadas…
Houve um tempo de inocência, em que a aventura
Sorria, espreitando, em cada esquina, e era ventura
As pistas descobrir, e do mistério desvendar a solução,
Na convicção de quem é vencedor na luta pelo bem
E tem, em si, a ambição de ser gigante - ser alguém!
Houve um tempo de sonhos como botões de rosa,
A florescer no desfiar dos pensamentos de uma prosa,
A gentilmente se expandir em pétalas coloridas, delicadas,
Perfumadas de magia, de um aroma que embriaga, inebria
E nos guia, tal brisa suave, pelos caminhos da poesia.
Houve um tempo em que o futuro se desenhava luminoso,
Longínquo, belo horizonte pleno de esperança, grandioso,
E que os passos, alegres, decididos, cheios de felicidade,
Pela cidade me levavam, corajosos, e seguros revelavam,
Antecipavam carinhosos, o amor imenso que buscavam…
Houve um tempo em que o presente era também futuro,
Em que, vivendo a dois tempos, lançava meu olhar puro,
E dali mesmo antevia, leda visão do porvir, o que seria,
Viveria, a sorrir, o amor e a grandeza, que ainda ouso atrair,
Ouvir promessas de então, que o coração quer cumprir. "
Ilona Bastos
Mais um belo poema da Ilona...
Poderão ver muito mais na sua página.
Parabéns!
LIBERDADE....

"Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca..."
Fernando Pessoa
Depois de um pequeno período de "liberdade consentida" a que normalmente chamamos férias, regresso com o nosso grande poeta...
Foi mesmo um prazer não cumprir um dever!
sexta-feira, agosto 11, 2006
Um Azul Penetrante E Imperdivel...
"Havia um homem que tinha medo. Tinha tanto medo que até temia a felicidade, porque sabia que ela teria de chegar a um fim. Partiu numa viagem, atravessando os mares, pelo mundo fora, com esperança de perder o seu medo. Carregava-o às costas, como uma trouxa. Em todos os lugares que visitava abria a trouxa e mostrava o medo às pessoas que encontrava. A princípio tentou vendê-lo. Quem quer comprar o meu medo? Peço apenas cinco moedas de prata. Mas ninguém queria fazer uma compra assim, mesmo se fosse para oferecer a um inimigo. Por isso, o homem baixou o preço para três moedas de prata, depois para duas e depois para uma. Mas a trouxa dos seus medos continuava a não interessar a ninguém. Depois, tentou dá-la, mas uma vez mais não teve sucesso.
Um dia perto do fim da viagem, pensou que devia deixá-la para trás, escondida em algum sítio.E assim chegou a uma gruta situada no topo das montanhas. E no meio da gruta estava uma mulher. Ele abriu a trouxa e mostrou o conteúdo, e a mulher tomou o medo nas mãos e olhou para ele. "Chamas medo a isto?" perguntou ela. "Isto não é nada". E subitamente o medo desapareceu, atirado aos ventos."
James Runcie: "A Cor do Céu"
De leitura obrigatória...
Um dia perto do fim da viagem, pensou que devia deixá-la para trás, escondida em algum sítio.E assim chegou a uma gruta situada no topo das montanhas. E no meio da gruta estava uma mulher. Ele abriu a trouxa e mostrou o conteúdo, e a mulher tomou o medo nas mãos e olhou para ele. "Chamas medo a isto?" perguntou ela. "Isto não é nada". E subitamente o medo desapareceu, atirado aos ventos."
James Runcie: "A Cor do Céu"
De leitura obrigatória...
sexta-feira, agosto 04, 2006
quarta-feira, agosto 02, 2006
terça-feira, agosto 01, 2006
Ambiente Quente:::

Hoje milhares de Cubanos saem às ruas para festejar a hospitalizção do seu líder, bem como a passagem de poder ( ainda que temporária, será?).
Será o início da liberdade de um povo, ou ao invés o início da sua queda e destabilização?
O certo... é que será um momento histórico... Os turistas que neste momento lá estão a passar as suas férias nos belos resorts, devem ser surpreendidos por um clima ainda mais quente!